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Férias escolares: Secretaria Municipal de Saúde faz alerta para evitar acidentes domésticos – Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro

O Salgado Filho é referência no município do Rio para retirada de corpos estranhos. Foto: Reprodução

Durante as férias escolares, os hospitais municipais da cidade do Rio de Janeiro costumam registrar aumento dos casos de atendimentos de crianças motivados por quedas, ingestão de corpos estranhos e queimaduras.

– Especialmente no mês de julho, é comum observarmos um aumento considerável na demanda da emergência pediátrica do Hospital Municipal Rocha Faria relacionados aos acidentes domésticos. Dentre os casos registrados, destacam-se com maior frequência as quedas com consequentes fraturas, configurando-se como a principal causa de procura por atendimento nesse contexto. Além disso, também são recorrentes ocorrências envolvendo queimaduras, ingestão de corpos estranhos e traumatismo cranioencefálico, situações que tendem a se intensificar durante esse período em que as crianças permanecem mais tempo em casa, fora da rotina escolar e, muitas vezes, sem monitoramento constante -, explicou Helder Silva, superintendente médico do Hospital Municipal Rocha Faria.

O manuseio com o fogo também desperta cuidados importantes dentro das residências. Na cozinha, local de risco para uma possível queimadura, crianças precisam sempre do acompanhamento de um adulto. A principal causa de acidente doméstico entre crianças e adolescentes de 3 a 13 anos nos períodos das férias de julho é por líquidos superaquecidos, principalmente com água e álcool. É o levantamento do Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do Hospital Municipal Souza Aguiar (HMSA), no Centro do Rio.

Atuando neste serviço especializado, Estela Dana é a chefe do setor infantil do CTQ do HMSA. Em três décadas nesta rotina hospitalar, a profissional percebe também outros acidentes que causam queimaduras em domicílios, como choque elétrico, quando a criança coloca o dedo na tomada e em fios soltos ou mexe em algum eletrodoméstico. E o que ela destaca é como a unidade avançou ao longo do anos na oferta de serviços para a melhor evolução do paciente.

– Hoje, a equipe do CTQ conta com práticas assertivas quanto ao manejo de todos os pacientes que chegam apresentando queimaduras. E especialmente nos pequenos pacientes, pois se configura como um problema grave, deixando sofrimento e sequelas nos menores e em toda a família. Implementamos curativos especiais como placas de materiais diversos para colocar na queimadura, permitindo manter um tratamento longo e com melhores resultados, além do conforto. Também a nova terapia tópica, o antisséptico, que nos ajuda a conservar a assepsia local. E o advento de novos antibióticos para a resolução de infecções, antes consideradas de difícil abordagem -, contou a profissional.

O HMSA também é referência no município do Rio de Janeiro para retirada de corpos estranhos. Em julho de 2024, a unidade realizou 236 atendimentos com esta finalidade. São desde objetos engolidos a inseridos no ouvido ou nariz, especialmente por crianças.

– No hospital, contamos com um serviço de urgência e emergência com décadas de experiência em retirada de corpos estranhos, que gerou, inclusive, um grande museu com a diversidade dos objetos que já foram extraídos. Mas a principal mensagem que precisamos deixar é a necessidade de supervisão reforçada dos pequenos durante esse período. Estar atento à classificação indicativa de brinquedos e à acessibilidade de pequenos objetos é primordial para evitar acidentes. As crianças são naturalmente curiosas e podem facilmente conduzir esses materiais à boca, nariz ou ouvidos -, ressalta Edio Cavallaro, chefe do serviço de Otorrinolaringologia do HMSA.

Quedas de crianças também são frequentes neste período na rotina do Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier. Seja do berço, do brinquedo “pula-pula”, de bicicletas ou mesmo de laje, quando a criança sobe para soltar pipa. Medidas simples podem impedir um acidente. É o que fala o chefe da Pediatria da unidade, Jorge Campos, realçando algumas recomendações.

 – É preciso observar com atenção todos os ambientes em que as crianças ficam. Elas precisam ser mantidas longe da cozinha, as panelas precisam estar com o cabo sempre posicionado para dentro do fogão, não se pode deixar recipientes com líquido aquecido e álcool perto dos menores de idade. E proteger a fiação elétrica é fundamental, colocar protetor de tomada é uma opção segura para impossibilitar o choque e a queimadura por ele. Fora de casa e em parquinhos de diversão, caso aconteça uma queda, é importante observar se a criança apresentou vômito, sonolência ou convulsão, nesses casos procure por uma unidade de urgência e emergência -, orienta o chefe da Pediatria do Salgado Filho.

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  • 14 de julho de 2025
  • Marcações: acidentes domésticos centro Hospital Municipal Rocha Faria Hospital Municipal Salgado Filho Hospital Municipal Souza Aguiar Méier Queimaduras